" ... é um processo de auto-conhecimento que se dá no inconsciente profundo, na mesma região em que emergem as forças criativas e curativas do Inconsciente Coletivo, onde repousam os arquétipos..." (Carminha Levy).
Na aurora da Humanidade, quando reinava o Caos Primordial e o Sono da Inconsciência, os Xamãs - "homens e mulheres que possuíam o dom de sair fora do corpo" (Up From Edem - Ken Wilber) - visitavam o mundo dos Arquétipos e entravam em contato com o Arquétipo do Divino.
Tocados pela força da Revelação, esses Xamãs iniciaram o processo de "despertar" a Humanidade. Por esse feito, foram considerados "Heróis da Consciência e Iniciadores da Civilização" (História da Origem da Consciência - Erick Newmam).
Hoje novamente vivemos o Caos e dormimos o Sono da Inconsciência, situação essa que faz ressurgir o arquétipo do Xamã. Surge assim, no século passado, nos anos 60, um movimento mundial de retorno ao Xamanismo, inspirado pela pesquisa de Mircea Eliade (Xamanismo e Técnicas Arcaicas de Êxtase).
Pioneiros como Carlos Castanheda e Michael Harner, entre outros, ousam desafiar a comunidade científica com o estudo e prática desta arcaica e primitiva tradição. A partir de então, lenta e progressivamente o Xamanismo vem ganhando espaço em todas as camadas sociais e culturais e retomando a sua primitiva missão de despertar o Ser Humano através do Caminho do Coração. Agora são os Neo-Xamãs que vêm unir a sabedoria ancestral às conquistas científicas e tecnológicas da modernidade.
Carminha Levy